A Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) é uma bactéria que foi modificada geneticamente em ambiente hospitalar. Também conhecida como superbactéria, a KPC contém um gene responsável pela produção da enzima carbapenemase que confere resistência à uma classe de antibióticos β-lactâmicos: os carbapenêmicos (como o Ertapenem, Imipenem e Meropenem), por ser capaz de degradar os anéis β-lactâmicos presentes nestes antibióticos, resultando no bloqueio de seus efeitos terapêuticos.
O Teste de Hodge Modificado é utilizado com o objetivo de confirmar a presenta da KPC. Ele é feito em Ágar Müller Hinton e se assemelha ao antibiograma convencional.
Primeiramente é preparado um inóculo da cepa de E. coli (ATCC 25922) utilizando a escala 0,5 de McFarland, que deve ser semeado na placa. Em seguida, um disco de antibiótico (de Imipenem ou Ertapenem de 10 µg) é colocado no centro da placa. Por fim, deve-se estriar a amostra teste (suspeita de KPC) do centro do disco de antibiótico até a periferia da placa (cuidadosamente para não encostar no disco). Além disso, da mesma forma que a amostra teste foi semeada, semea-se a cepa de Klebsiella pneumoniae (ATCC 700603) como controle negativo.
A placa deve ser incubada à 37ºC, em ar ambiente, durante 16-18 horas. Após esse período, deve ser observado o crescimento da E. coli (ATCC 25922) no halo de inibição, por ser sensível ao antibiótico. Este crescimento é resultado da produção da enzima carbapenemase pela bactéria (amostra teste - KPC), capaz de inativar o antibiótico. Quando houver distorção no halo de inibição, o Teste de Hodge será positivo.
Foto: ANVISA
Referência: ANVISA
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