Imunologia - PAMP e DAMP (Imunidade Inata) - Tira o Jaleco

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25/08/2016

Imunologia - PAMP e DAMP (Imunidade Inata)


PAMPs (Padrões Moleculares Associados a Patógenos) são substâncias microbianas (características de patógenos) que estimulam a imunidade inata. Dentre eles podem ser citados os ácidos nucleicos (como RNA de fita simples e RNA de fita dupla, presentes nos vírus), proteínas (como as estruturas pilina e flagelina encontradas nas bactérias), lipídeos de parede celular (LPS - bactérias Gram negativas; ácido lipoteicoico - bactérias Gram positivas) e carboidratos (como as mananas e glucanas dectina, presentes em fungos).



Estes produtos microbianos são essenciais para a sobrevivência dos micro-organismos patogênicos, por isso o reconhecimento dos mesmos pelas células de defesa do nosso organismo é de extrema importância, uma vez que a imunidade inata, ao entrar em contato com esses patógenos, é capaz de gerar uma resposta contra eles.

Os DAMPs (Padrões Moleculares Associados a Danos), por sua vez, são substâncias endógenas produzidas ou liberadas por células mortas ou danificadas causadas por infecções, por exemplo. Além disso também podem indicar lesões celulares assépticas (sem infecção) provocadas por queimaduras, toxinas químicas, traumas, entre outras.

Além dos PAMPs e DAMPs, ainda podem ser citados os VAMPs (Padrões Moleculares Associados a Venenos), que são moléculas introduzidas no hospedeiro através de picadas de escorpiões e abelhas, por exemplo.

Essas moléculas (PAMPs, DAMPs e VAMPs) são reconhecidas por PRRs (Receptores de Reconhecimento de Padrões), expressas por fagócitos e outros tipos celulares, e ligam-se a eles. Essa ligação inicia diversos eventos que levam à eliminação dos micro-organismos. 


No próximo post iremos estudar sobre esses receptores (PRRs) e os mecanismos desecadeados após sua ativação. 



Bibliografia recomendada:
Abbas, A. K., Lichtman, A. H., & Pillai, S. Imunologia celular e molecular. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2012.

ZOCCAL, K. F. et al. TLR2, TLR4 and CD14 recognize venom-associated molecular patterns from Tityus serrulatus to induce macrophage-derived inflammatory mediators. PloS one, v. 9, n. 2, p. e88174, 2014.

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